A indústria de calcário agrícola no Brasil auxilia na ampliação da produtividade. A necessidade da correção da acidez do solo evita o aumento de custos que surge quando os agricultores buscam avançar nos resultados somente com o plantio em novas áreas.
“A aplicação de calcário é aprovada pelo agricultor. Precisamos ampliar essa conscientização, tornar rotina a calagem”, declara o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal), Oscar Alberto Raabe.
O país consome 30 milhões de toneladas desse insumo por ano. “O ideal seria no mínimo o dobro, o que traria novos números para a produção sem ampliar os espaços de plantio. Aumentar área plantada traz muito custo”, fala Raabe.
Há vários casos de bons resultados quando se adota a calagem, como é conhecido o processo de correção da acidez do solo. Os bons resultados obtidos pela soja no Rio Grande do Sul têm como um dos pilares a aplicação do calcário ao longo de pelo menos 3 anos. Duas em cada três toneladas vendidas pela indústria de calcário gaúcha vão para onde se planta soja.
Para o presidente da Abracal, o calcário é tecnologia, e como tal precisa de acompanhamento. “Há um processo técnico de análise de solo que determina a quantidade a ser aplicada e sua periodicidade. Adotada essa recomendação, o ganho é visível”, completa Raabe.
A indústria de calcário ainda aponta outro fator importante na planilha do agricultor: corrigida a acidez do solo, o adubo rende melhor.
Raabe e os sindicatos estaduais da indústria de calcário estão buscando junto ao governo um plano nacional de correção da acidez do solo. A aplicação de calcário ajudaria as áreas de cultivo no país a ampliar os resultados, tanto para o abastecimento interno como para exportação.
Fonte: Abracal